O primeiro perfume da casa foi criado em 1981 - Must de Cartier, seguido pelo masculino Santos de Cartier. Ao longo dos anos lançou várias fragrâncias de sucesso, sempre com o mesmo nome de suas coleções de jóias. Perfumistas renomados contribuíram para o sucesso de suas fragrâncias, como Alberto Morillas, Jean-Claude Ellena, Christine Nagel e Jacques Cavallier.
Não dá para falar de La Panthère sem citar Panthère, a pantera primogênita, lançado em 1986, criação de Alberto Morillas. Floral branco lindo, pungente, adocicado, um "cadinho" animálico, inebriante... infelizmente descontinuado. Tive o prazer de provar a versão EDP e o Pure Parfum. Apaixonantes...
Panthère - 1986 |
Em março de 2014, a Cartier lança La Panthère, inspirado no símbolo da casa - a pantera, e em seu antecessor, o esplendoroso Panthère de 1986. Dizem que "La Panthère" era o apelido da amante e musa de Cartier, Jeanne Toussant.
La Panthére foi criado por Mathilde Laurent, inspirado na mulher livre, independente e moderna da atualidade.
La Panthère - 2014 |
É classificado como um chipre floral, vamos às notas:
Saída: ruibarbo, morango, maçã, damasco e frutas secas
Coração: gardênia
Base: almíscar e musgo de carvalho
Confesso que inicialmente não tinha grandes expectativas pelo La Panthère, por pura implicância e por achar o Panthère de 1986 grandioso. Mas, para variar, queimei minha língua. São perfumes distintos e igualmente maravilhosos. Cada um na sua. Gostei demais do La Panthère.
Abertura frutada e levemente cítrica, logo dá passagem para um aroma quente, doce e inebriante da gardênia. Sinto de leve algo empoado, muito confortável. Almíscar e musgo de carvalho arrematam a composição com classe. La Panthère é soberbo... perfume extremamente feminino, sofisticado. Algo nele me faz lembrar o aspecto chipre e quente do Jacomo for Her, perfume que tenho um apreço especial.
A fixação é um show à parte: fixou em mim de um dia para o outro, o que considero um milagre, levando em conta meu tipo de pele. Silagem absurda. Perfeito.
Fazia tempo que não me animava com um lançamento e La Panthère foi uma grata surpresa. Perfume de mulher, sem cheiro de guloseima. Adulto e elegante.